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Rone e Angel não conseguem economizar. Uma história comum.

Roneilson, pedreiro, e Mariangela, costureira, 42 e 37 anos, são casados há 15 e tem dois filhos, Valentina, de 13 anos, e Enzo, de 8. Eles tem uma renda familiar de cerda de $3.000 e estão investindo na construção da própria casa, com a mão de obra de Rone nos dias de folga, enquanto os filhos estudam na escola pública do bairro onde moram.


Eles já ouviram sobre reserva de emergência, previdência privada e até sobre criptomoeda. Alguns colegas e sobrinhos falam disso ás vezes, mas eles não entendem bem.
Eles não dão muita importância ao assunto, não porque não se importam, mas, porque não tem perspectiva de participar desse negócio, pois, não sobra nenhum dinheiro no fim do mês.


Na verdade, eles sabem que pra fazer as coisas que pensam para os próximos anos, precisam dar um jeito de economizar…


Eles já tentaram mais de uma vez a caderneta de poupança, mas, quando tudo ia bem, as contas apertavam um pouco mais, e, geralmente em menos de um ano, todo o dinheiro guardado era usado para acertar as contas.


Há pouco tempo, fizeram um plano de capitalização. O saldo já estava em quase $2.500 reais, quando a família resolveu fazer uma festa surpresa para a mãe de Rone que mora a 296 km de sua casa e completaria 70 anos de idade em alguns dias. O rateio entre os irmãos, para a festa, daria cerca de $700 reais para cada, além dos custos de viagem, tudo ficaria em torno de $1.500.


Rone decidiu que, infelizmente, desta festa, apesar de ser tão significativa, não poderia participar com a família, precisava reservar o dinheiro para uma fase importante da construção e, mesmo vendo a relativa decepção dos filhos por não participar do evento, ele precisa ser firme.


Mas, o “rústico” pedreiro, tinha o “coração mole”. Ele sabia que transformar aquela tristeza dos filhos, que diziam “todo mundo vai, só nós que não vamos”, em sinceros sorrisos, que fazem tudo valer a pena, estava em suas mãos. Nosso nobre guerreiro “sucumbiu”, disse: “Preparem-se para partir e digam a todos que vamos”, foi recompensado por sorrisos e abraços sinceros e secou discretamente os olhos marejados.


A “aventura” custou pouco mais de $1.500, $500 foram gastos depois de voltarem, Rone não sabe bem com o que, “não fizeram nada”. Assim, se foram os $2.000 reais que conseguiram resgatar, antecipadamente, dos $2.500 que iam capitalizando.


Rone e Angel sabem que precisam economizar, conhecem algumas possibilidades e, de fato, querem fazer isso, até já tentaram. Mas estão sujeitos, como todo mundo, às forças contrárias muito fortes ao comportamento de economia e geração de reserva financeira, cultura de consumo, processos emocionais de decisão e os, extremamente eficientes, algoritmos das redes sociais.


Eles precisam de mais do que informação financeira, precisam de algo prático que os ajude a captar pequenos valores, de forma recorrente, e os proteja de si mesmos, ou seja, de impulsos emocionais que podem minar seus planos.

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